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Foto do escritorAmanda Moraes

Sou obrigada a mandar mochila com roupas para a casa do pai do meu filho?


Com frequência, nos deparamos aqui no escritório com mães enfrentando dúvidas aparentemente simples, mas que se transformam em fontes significativas de desgaste e conflitos familiares.


Infelizmente isso acontece por uma falta de diálogo entre os pais da criança


e, na maioria dos casos, diante da justificativa do pai de que “ele já paga pensão para isso”, as mães se veem obrigadas a preparar, toda sexta-feira, uma mochila repleta de itens para que a criança passe o final de semana na casa do pai.


Mas, afinal, a mãe é ou não obrigada a mandar essa mochila?


A resposta é tão clara como a neve: NÃO!


Não existe regra, lei ou imposição que coloque sobre a mãe a responsabilidade de enviar uma mochila com itens de higiene, brinquedos, roupas ou dinheiro junto com a criança.


Na verdade, a lei reforça o oposto: a convivência é um direito da criança e do pai, que, por sua vez, como genitor, possui deveres como proteger, cuidar e oferecer as melhores condições ao menor.


Portanto, quando estamos falando do pai exercendo seu direito, e não de uma simples viagem ou visita, é responsabilidade dele proporcionar tudo que a criança necessita durante a convivência, desde itens de higiene até roupas, alimentos e brinquedos.

Afinal, como pai, ele não é visita; ele deve ter sua casa pronta para receber seu filho de maneira acolhedora e confortável!


Mas o que fazer quando o genitor não dá paz e exige que você envie as roupas da criança?

 

1-     Esqueça aos poucos: De forma gradual, "esqueça" de mandar alguns itens. Comece com a escova de dentes, depois o chinelo, o pijama, e assim por diante. Dessa forma, você “obrigará” o genitor a comprar pelo menos o que é estritamente necessário para a criança e em pouco tempo não precisará enviar a mochilinha, pois tudo que ele precisa já está disponível na casa do pai; e

 

2-     Deixe tudo no papel: deixe expresso no regime de convivência da criança (aquele feito judicialmente) que é responsabilidade do pai ter em casa tudo que é necessário para receber o seu filho, isso inclui desde roupas até brinquedos.


Esses pequenos detalhes de convivência, que sempre passam despercebidos pelo judiciário, podem evitar grandes problemas no dia a dia de uma família. Por isso, ter uma advogada especialista e de confiança ao seu lado é definitivo para a prevenção de conflitos como esse!

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